Comandante-geral da Polícia Nacional apela à denúncia dos imigrantes ilegais

Comandante-geral da Polícia Nacional apela à denúncia dos imigrantes ilegais

Ambriz - O comandante geral da Polícia Nacional, Ambrósio de Lemos, apelou hoje, segunda-feira, no município de Ambriz, província do Bengo, a contribuição de toda sociedade, especialmente das populações residentes nas zonas mais vulneráveis, a denunciar a presença de imigrantes ilegais e de cidadãos nacionais que lhes dão guarida.



Ambrósio de Lemos fez este apelo quando presidia o acto central das comemorações do 35º aniversário da Polícia de Guarda Fronteiras, que decorreu no centro de instrução “Mártires de Môngua”, no município do Ambriz.
Na sua intervenção, o comissário-geral da Polícia Nacional sublinhou que uma das consequências do fenómeno imigração ilegal é a desestruturação da economia nacional e a introdução de valores, usos e costumes estranhos à identidade cultural dos angolanos.
Lembrou que Angola possui no seu subsolo uma diversidade de recursos naturais de fácil de exploração, o que tem atraído muitos cidadãos estrangeiros que na busca desses recursos, violam de forma flagrante e permanentemente as normas internacionais relativas a imigração.
Frisou que a multiplicação de esforços que o executivo angolano tem desenvolvido para impedir a entrada ilegal de estrangeiros, justifica-se pelo facto do país estar a viver uma invasão silenciosa, já que diariamente, cidadãos de várias nacionalidades, aproveitando-se da vasta extensão da fronteira de Angola atravessam ilegalmente para realizar actividades não permitidas por lei, como a extracção ilícita de diamantes, caça, pesca e exploração da flora, visando o lucro fácil.
Para fazer face à criminosa relutância dos imigrantes ilegais, disse ainda Ambrósio de Lemos, está em curso a implementação do plano de potenciação da Polícia de Guarda Fronteiras, que foi superiormente aprovado e que visa o reforço da capacidade operacional desta importante especialidade da Polícia Nacional.
Assegurou que essa potenciação passa necessariamente pela abertura da vias de acesso, a construção de unidades, subunidades e postos de guarda fronteiras, bem como a instalação de tecnologias diversas para uma eficaz protecção e controlo das fronteiras, dentre outras acções.
“Em Angola as portas estão abertas para receber a todos aqueles que pretendem entrar legalmente como turistas, investidores ou negociantes, desde que obedeçam as leis vigentes, estejam imbuídos de boa-fé e vontade de contribuir para o desenvolvimento do país”, ressaltou.
Salientou que caso contrário, a Polícia Nacional e demais formas de defesa e segurança nacional apertarão o cerco e saberão dar respostas adequadas aos imigrantes ilegais e o exercício de actividades ilícitas e contrárias aos bons costumes do povo angolano.
Por outro lado, Ambrósio de Lemos considerou o dia da Polícia de Guarda Fronteira uma data jubilar que deve remeter a uma reflexão profunda sobre o que foi feito ao longo dos últimos anos e aproveitar a ocasião para homenagear todos os que deram o melhor de si, no sentido de garantir a defesa da integridade territorial do país.
O oficial máximo da Polícia Nacional reconheceu o espírito de missão e entrega que os oficiais, subchefes e agentes da Polícia de Guarda Fronteiras têm demonstrado ao longo dos tempos, no cumprimento das suas missões, a julgar pelas condições sempre difíceis em que os homens e mulheres desta especialidade executam as suas tarefas.
Durante o acto foram ainda homenageados os comandantes que já dirigiram o comando nacional de polícia de guarda fronteiras, nomeadamente Manuel Augusto da Silva, António Martins de Sousa “Kipacaça”, Moisés Agostinho, Gloria Capita, Paulo Gaspar de Almeida, Maurício Alexandre, Francisco Ferreira Paiva e Alberto Jorge Antunes “Jogó”.
Testemunharam o acto que decorreu sob o lema “comemoremos o 35º aniversário da Polícia de Guarda Fronteiras, garantindo a inviolabilidade das fronteiras nacionais”, o comandante nacional da polícia de guarda fronteira, o comissário -chefe António Pedro Kandela, membros do conselho consultivo do comando geral, da guarda fronteira, oficiais generais das forças armadas angolanas, da administração municipal de Ambriz, autoridades tradicionais, eclesiásticas e população.
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