Investigadores localizam espécies de animais em extinção no Parque do Bicuar
O coordenador da equipa de investigação do Instituto Superior de Ciências de Educação da Huíla (ISCED), no Parque Nacional do Bicuar, Agostinho Manuel da Silva, confirmou hoje, quinta-feira, a localização e o regresso de algumas espécies de animais anteriormente tidas como extintas naquela reserva ambiental.
Falando à Angop, no quadro do programa de pesquisa iniciado em 2004 naquela reserva natural pelo ISCED e a direcção da Agricultura, o pesquisador disse que foram localizados no interior do parque a Chita, Leopardo Caçador, Hiena Malhada, leões, elefantes, Porco Pacochero e Zebra da Planície.
O coordenador afirmou que os técnicos conseguiram ainda visualizar o regresso de manadas de Olongos, Palanca Vermelha e Castanha, Oribi, Punja, Bambis e várias aves de rapina, como águias, abutres e corvos.
Explicou que a localização destas espécies foi graças aos estudos e pesquisas realizado no interior do parque, assim como algumas medidas consubstanciadas na sinalização de áreas, uso de sal iodizado nos lagos.
O também professor universitário referiu que o regresso dessas espécies tem a ver também com o controlo efectuado no perímetro do parque, assim como a redução da caça furtiva que na sua maioria era praticada por populares que não possuíam condições de sobrevivência.
Agostinho Manuel da Silva disse que os investigadores estão neste momento à procura da “mascote” do Parque o Búfalo Vermelho e Preto, cuja busca tem sido feita de forma intensiva nas áreas referenciadas.
O docente afirmou existir ainda “muito” trabalho a ser feito na busca e localização das espécies que menos existem e a que mais abundam no interior da reserva natural da Huíla.
Manifestou-se no entanto preocupado com as populações que residem no perímetro do Parque, que às vezes têm ateado fogo na mata para produção de lenha, o que tem constituído perigo para preservação da fauna e a flora na reserva.
Com uma dimensão de sete mil e 900 quilómetros quadrados, o Parque do Bicuar foi criado em 1953 com o objectivo de proteger e defender diversas espécies animais selvagens, estando localizado numa zona limítrofe dos municípios do Quipungo, Matala e Gambos
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