Jesus Cristo foi o primeiro a "tweetar", segundo o Vaticano


O cardeal Gianfranco Ravasi declarou  hoje, perante os principais donos de 'media' em Itália, que "Jesus foi a  primeira pessoa no mundo a 'tweetar'", referindo-se às mensagens instantâneas  enviadas pela rede social Twitter.  



O presidente do Conselho Pontifício da Cultura analisava as formas de  comunicação da Igreja, durante um encontro organizado no âmbito do espaço  de diálogo entre crentes e não-crentes criado por Bento XVI, denominado  "Átrio dos Gentios".   
Jesus Cristo "utilizou o tweet antes de todos, com frases essenciais  e com menos de 45 carateres, como 'Amai-vos uns aos outros'", declarou o  "ministro da Cultura" do papa.  
Ravasi destacou as parábolas de Jesus, que transmitia uma mensagem "através  de uma história simbólica".  
"Se um eclesiástico não se interessa pela comunicação, coloca-se fora  do seu ministério", resumiu o cardeal.  
Por seu lado, os diretores dos principais diários da península italiana  apresentaram a definição "de objetividade e responsabilidade" dos jornalistas.
"Colocar os acontecimentos no contexto" para Mario Calabresi (La Stampa),  "não pensar deter a verdade e permitir-se o benefício laico da dúvida" para  Ferruccio de Bortoli (Corriere della Sera), "ser honesto para o leitor"  e "dar sentido" para Enzo Mauro (La Repubblica).  
O diretor do diário Il Sole 24 Ore, Roberto Napoletano, insistiu na  especificidade de Itália, "país que nunca conseguiu ser laico devido à presença  do Estado do Vaticano".  
Este encontro realiza-se quando o La Repubblica acaba de publicar uma  longa carta do papa Francisco ao fundador deste diário de esquerda, Eugenio  Scalfari, em resposta às interrogações deste jornalista ateu.  
Para Marco Tarquinio (Avvenir, diário dos bispos italianos, o papa argentino  "revolucionou o olhar do mundo em direção à Igreja". Principalmente, porque  Francisco "se envolve pessoalmente" e insiste no "papel fundamental das  mulheres", considerou Giovanni Maria Vian (L'Osservatore Romano).  
"O papa Francisco vai acabar por revolucionar a nossa profissão", previu  Virman Cusenza (Il Messagero).  
O encontro "Átrio dos jornalistas" inscreve-se no âmbito do "Átrio dos  Gentios", fórum de diálogo cujo nome faz referência a um pátio do antigo  templo de Jerusalém, ao qual os não-judeus podiam aceder.  

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