Russos querem tirar Nobel a Obama
Comunistas russos propõem campanha pela retirada do Nobel da Paz ao Presidente dos Estados Unidos.
O Partido comunista da Rússia decidiu promover uma campanha para retirar o Nobel da Paz ao presidente norte-americano, Barack Obama, por defender uma ofensiva militar na Síria.
"Todos sabemos que o Mundo está a seguir a situação na Síria. O discurso da administração Obama, ao defender que a situação na Síria constitui uma ameaça à segurança interna dos EUA, parece-me absurdo" afirmou ontem em conferência de imprensa o vice-presidente do Comité Central do partido.
"Na verdade, é a atitude dos EUA que constitui uma ameaça. Pensamos, por isso, que é da maior importância lançar uma campanha pela retirada do Prémio Nobel da Paz a Barack Obama", acrescentou Iván Melnikov.
Uma iniciativa semelhante também já tinha sido proposta pelo presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros da câmara baixa do Parlamento Russo, Alexei Pushkov no final da semana passada.
"Se os Estados Unidos atacarem a Síria sem o acordo das Nações Unidas, a comunidade internacional deverá exigir ao Comité Nobel que lhe seja retirado o Novel da Paz", escreveu no Twiter.
Esta segunda feira, o Nobel da Física e vice-presidente da Academia de Ciências da Rússia, Zhorés Alfiórov, também defendeu publicamente que o Presidente dos EUA não merece o Nobel da Paz.
"Fiquei surpreendido quando Obama foi distinguido com o prémio. Na minha opinião, ele não o merece", disse Alfiórov, Nobel da Física no ano 2000.
Os protestos russos pecam por falta de originalidade. Já em março de 2011, o Presidente da Bolívia, Evo Morales, queria que o Comité Nobel norueguês retirasse o prémio a Obama. Na altura, por "promover a violência" na Líbia.
De acordo com o parágrafo décimo dos estatutos da Fundação Nobel, nenhum prémio pode ser retirado.
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